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Propaganda eleitoral impressa aumenta sujeira nas ruas, causa poluição e danos ao meio ambiente
Especialistas temem que a distribuição de santinhos e folhetos cause o entupimento de bueiros, aumentando ainda mais o risco de alagamentos e enchentes em algumas cidades

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A campanha eleitoral começou e, como sempre acontece, os candidatos tentam de todas as maneiras chamar a atenção dos eleitores. Uma das práticas mais antigas e que vem se tornando ultrapassada é a distribuição de propaganda impressa e dos chamados ‘santinhos’ com a foto do político.
Sejam um simples folheto com as propostas defendidas, um cartão com o número da candidatura ou um jornal informativo, todos estes materiais impressos consomem toneladas de papéis, que de modo geral, acabam ocasionando desperdício de dinheiro público (oriundo do comentado Fundo Partidário), além de danos incalculáveis ao meio ambiente.
Indo parar nas vias públicas, a divulgação impressa é rapidamente descartada, a maioria das vezes jogada no chão, ocasionando o entupimento de bueiros e a poluição de rios, por exemplo. 
Como se já não bastasse o transtorno ao cidadão, para atender a demanda das gráficas, as indústrias acabam sendo obrigadas a extrair mais matéria-prima da natureza para atender o mercado, derrubando milhares de árvores para fabricar mais papel. 
Mesmo com os avanços da tecnológicos e as facilidades das mídias digitais, a maioria dos candidatos ainda disputa os votos dos eleitores gastando muito dinheiro com uso de papel, deixando de investir em uma campanha virtual para se comunicar e divulgar suas propostas. Essa mudança de comportamento evitaria mais lixo nas ruas, menos poluição e protegeria milhares de árvores.
Outro problema observado com a distribuição dos santinhos, principalmente, no dia de votação, é que a quantidade de material jogado no chão pode ser perigoso para os eleitores, sobretudo, pessoas idosas, geralmente, propensas a quedas, devido à sua redução de mobilidade. É comum presenciar eleitores escorregando no papéis jogados próximos aos locais de votação. Hoje, com o aparelho celular e pela internet os cidadão têm a praticidade dos aplicativos e acesso à informações sobre qualquer candidato.
Os gastos com material impresso pelos políticos no período eleitoral poderiam ser investidos em habitação e na construção de casas populares, na compra de medicamentos para os postos de saúde e hospitais públicos, na qualidade merenda escolar servida ao alunos das escolas municipais e estaduais, além de mais investimentos na Polícia e em Segurança Pública.
Além de se informar sobre a ficha limpa dos candidatos, o eleitor também deve observar se o político tem esta consciência ou é um porcalhão.