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O Brasil e o Fundo Partidário
Desperdício de dinheiro público em um país de famintos chega a quase R$ 5 bilhões

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A cada período que antecede as eleições no Brasil, o assunto fundo partidário entra em pauta. Políticos da maioria dos partidos não abrem mão desses recursos e brigam com unhas e dentes, priorizando sempre o financiamento público para suas campanhas. 
Essa é uma atitude vergonhosa e muito triste, pois enquanto milhares de famílias brasileiras sofrem com a fome, vivendo em situação de extrema pobreza, miséria e sem ter onde morar, de norte a sul do país; dezenas de partidos políticos estão recebendo e dividindo dinheiro público para fazer Campanha, investimentos que poderiam servir para equipar os serviços de saúde, as escolas e para construção de casas populares, oferecendo moradia a quem não tem.  
Nestas eleições de 2022, após polêmicas e muita discussão no Congresso Nacional e no STF (Supremo Tribunal Federal), foram liberados um total de R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado Fundo Eleitoral, dinheiro público que os candidatos aos cargos de presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais em todos os estados e no Distrito Federal dividem e gastam para se promoverem na disputa eleitoral. 
Acordos de bastidores e muita artimanha definem quem fica com a maior fatia do “bolo”.
Segundo a Agência Câmara de Notícias, dos R$ 4,9 bilhões do Fundo Eleitoral R$ 758 milhões (15%) vão para o União Brasil, e R$ 500 milhões (10%) para o PT – uma soma de mais de R$ 1,2 bilhão para essas duas legendas. Ainda lideram a lista MDB (R$ 360 milhões), PSD (R$ 343 milhões), PP (R$ 333 milhões) e PSDB (R$ 317 milhões).   
E quem paga tudo isso são os trabalhadores, que atualmente, sofrem com a alta de preços e com a pesada carga tributária dos alimentos e demais produtos.
Se não bastante, a distribuição de todo esse dinheiro aos partidos, todos os brasileiros são bombardeados com Propaganda Eleitoral no rádio, na televisão, nas mídias digitais e materiais impressos, distribuídos na forma de santinhos, informativos, bandeiras e faixas, que invadem os lares, os dispositivos eletrônicos pessoais e ruas, causando uma enorme poluição sonora, visual e no meio ambiente.
Sem contar os casos suspeitos de desvio de verbas, favorecimento e corrupção que, infelizmente, viram notícia na imprensa e são alvos de investigação da polícia. 
É preciso refletir até quando o povo brasileiro suportará pagar o Fundo Eleitoral aos partidos políticos.